Análise Resident Evil 3 Remake

Está é uma análise critica, destacando furos de roteiro em relação ao game original.

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Em 11 de Junho de 2018, após longos anos de espera, Resident Evil 2 Remake foi anunciado no evento da Sony durante a E3 em Los Angeles. Após o evento, a Capcom liberou o trailer de anúncio, muitos fãs começaram a cogitar que teríamos uma ligação muito grande com Resident Evil 3, isso graças a uma cena em que aparece a ‘torre do relógio’, mas na verdade, era apenas a torre do orfanato, onde você joga com a Clarie Redfield e Sherry Birkin.

O hype era muito alto, esse era o jogo mais aguardado do evento, inclusive, outros grandes títulos foram anunciados antes do RE2, pois quem realmente iria brilhar naquela noite, era o novo título da Capcom. Atualmente, especula-se que o jogo tenha vendido mais de 6 milhões de cópias, com a média mínima de 89 para PC e a máxima de 93 para Xbox one.

Agora que dei essa linda introdução do Resident Evil 2, vou direto para a análise de Resident Evil 3 Remake, título anunciado a pouco menos de 11 meses após o lançamento RE2, mais precisamente, 10 meses e 15 dias.

O hype é claro, estava nas alturas, inclusive, a Capcom fez uma pegadinha com os fãs, exibindo uma prévia do Project Resistence durante a abertura do anúncio. O Project Resistence, inicialmente foi muito odiado, a comunidade estava pedindo um Outbreak ou o RE3 Remake e a capcom aparece com um multiplayer online, nós já vimos isso em Umbrella Corps e sabemos muito bem o que acontece.

No vídeo abaixo, você pode ver a reação de alguns fãs durante o anuncio de Resident Evil 3.

 

Diferente de Resident Evil 2, a Capcom não usou o termo Remake no título do Resident Evil 3, inclusive, nem mesmo Nemesis, que é título da obra original lançado em 22 de Setembro de 1999.

Antes de prosseguir, é importante enfatizar que haverá comparações com o título original, afinal, esse era o propósito do Remake.

O game começa muito forte, inclusive, até mesmo melhor do que o original, onde o jogo começava quando havia uma explosão e a Jill era jogada para fora de um prédio, já no Remake, isso também acontece, mas sabemos o que aconteceu antes dela ir para as ruas de Raccoon City, podendo até mesmo controlar a personagem.

Seguindo os mesmo moldes de Far Cry 5, o game tem um ótimo inicio, mas depois se perde completamente, então se você espera vivenciar os mesmo lugares do título original, esqueça, nem todos os cenários estão lá, como posto de gasolina, torre do relógio, parque, cemitério, entre outros cenários. O jogo não é ruim, mas lembre-se, é um outro jogo, com uma outra história.

Vale lembrar que Resident Evil 3 Remake estava sendo desenvolvido em paralelo ao Resident Evil 2, então, acredito que não tenha upgrades em gráficos, áudios e animações, levando em consideração a versão da RE Engine, ou seja, estavam utilizando a mesma versão para ambos os jogos, afinal, não havia tempo para melhorias no motor durante a produção do jogo, mas isso é uma conclusão minha, nada foi confirmado pela Capcom.

Gráficos

Como um sequencia do Resident Evil 2 e sendo desenvolvido na RE Engine, então o mínimo de se esperar era um jogo com ótimos gráficos, e isso realmente foi entregue, porém, alguns usuários do console reportaram bugs nas sobras e texturas. Durante as minhas gameplays no PC, cabelos e pelos apresentam uma péssima renderização, mas vou ignorar isso e considerar como problemas na minha GTX 1050 de 4GB.

As expressões faciais estão incríveis, são pequenos detalhes que deixam o jogo ainda mais imersivo.

Como não podia deixar de falar, o game possui muitas, mas muitas mesmo, cutscene, sendo considerado por alguns, um jogo cinematográfico. Logo na primeira hora, você tem muitas animações e encontros com personagens.

Áudio

O áudio do jogo é incrível, isso não é algo plausível, é mais do que uma obrigatoriedade para os jogos atuais. O único ponto negativo, é que algumas armas tem um som muito abafado, parece tiros de papel, como a metralhadora utilizada pelo Carlos Oliveira. No geral, sem problemas de áudio, muito pelo contrário, se você estiver jogando com um bom fone de ouvido, vai conseguir ouvir tiros e gemidos nas ruas, deixando ainda mais imersivo o caos de Raccoon City.

Tempo de jogatina

O tempo de duração foi o mais criticado, é um game curto com o mesmo preço de Resident Evil 2. Vamos usar números para ser mais preciso, o RE 2 Remake, numa primeira gameplay, você pode terminar em 10 horas cada campanha, isso foi uma informação liberada por Yoshiaki Hirabayashi, produtor do game, já em Resident Evil 3, você termina em menos de cinco à seis horas, isso morrendo e se perdendo várias vezes. Como cheguei nessa conclusão? Basta analisar a imagem abaixo, mas vale a pena dizer que já tinha jogado a demo antes, então no inicio do game, conhecia um pouco o cenário.

Para finalizar esse tópico, o Youtuber MaxMrm fez uma Speedrun do game, finalizando em apenas 57:39.

História

O jogo se inicia....então, fim de game.

Brincadeiras a parte, é um jogo em que as coisas acontecem muito rápido, da até para deduzir que foi desenvolvido as pressas. Como dito anteriormente, tudo começa incrível, mas depois além de se perder na história, o game acaba rápido.

Se você espera ter a nostalgia de vivenciar os mesmos lugares do título original, esquece, não há nada igual o RE3 Nemesis. Existe sim algumas referências, mas nada de mais, apenas, detalhes. Temos sim o Hospital e a Delegacia, porém, não é a Jill que joga nas instalações do seu antigo lugar de trabalho, a R.P.D. Já no hospital, você tem um modo Horda, isso mesmo, horda de zumbi que você enfrenta com o Carlos.

Agora que dei uma panorama da história, vamos analisar ela isoladamente ao título original, e fazendo essa remoção de comparação, da para se dizer que é sim uma ótima história. Para quem está jogando pela primeira vez e não jogou o título original, vai amar, mas para aqueles que assim como eu, jogou o original e esperava algo próximo, é decepção na certa.

O final do jogo é simplesmente decepcionante, você esquece que está em Resident Evil e parece que está jogando alguma mistura de Devil May Cry com Gears of War. O Nemesis assume uma última forma e para mata-lo, você precisa de uma arma maior que a Jill, que dispara choque ou raios no boss.

Comparando com o título anterior, RE3 Remake tem um cenário muito mais claro, colorido e iluminado. Os puzzles estão completamente escassos, os dois únicos que existem, é fácil de mais e o game deixa na cara como solucionar.

O jogo possui muitos furos de roteiro para priorizar as cutscenes cinematografias, como por exemplo, quando você está enfrentando o Nemesis na Torre do Relógio e não leva a GL, do nada a Jill aparece com uma arma que não existe no cenário, no inventário e não aparece ao término da luta.

O game não respeita muito a localização do jogador, ele simplesmente vai colocar o jogador em um lugar que ele não estava só para exibir mais cutscenes.

Haa, antes que eu me esqueça, o game tem alguns problemas de física, nada que atrapalhe a gameplay, apenas armas atravessando paredes, zumbis dentro dos outros ou de objetos do cenários.

Antes de fechar esse tópico, algo que gostei muito, foi ter um pouco mais de liberdade para explorar Raccoon City, algo que não tínhamos no original, devido as limitações, mas vale lembrar que o Operation Raccoon City tem um grande fator de exploração também.

Nemesis

O Mister X no RE2 Remake, tinha uns pisados forte, você ouvia ele andando de longe, era algo que dava muito medo e você sempre evitava, não dava para enfrentar ele. Com essa visão, o que se espera para uma continuação de um game de sucesso? Isso mesmo, algo muito melhor.

Para matar o Nemesis nas suas primeiras formas, é preciso apenas de um granada, isso mesmo, só uma granada e ele já dropa um item de melhoria para sua arma. 

A critica maior fica por conta das formas, onde uma delas se assume a um cachorro, isso mesmo, um cachorro. Além de suas formas, as batalhas são bem fáceis.

Diferente do que muitos achavam no inicio, Nemesis tem sim um lança foguetes, e acredite, ele é um pé no saco quando você precisa fugir.

Personagens

Além de ver os personagens do clássicos em uma nova resolução, muitos deles são simplesmente coadjuvante, como o Kendo, Marvin e Dario. Diferente o Resident Evil 2 Remake que deu grande importância para os personagens, como Annette e William Birkin, Marvin e Brian Irons. Aqui no RE3 apenas Jill e Carlos tem sua maior importância, alguns outros até aparece no game, mas é só para compor a história, nada importante.

Faltou sim capricho no game, dar mais informações sobres os personagens e deixar com que as ações deles tenha interferência direta na gameplay. Já o coitado do Murphy Seeker, não tem 10 segundos de fala...

Nos trailers de anúncio, deu a entender que encontraríamos com o Marvin, Dario e Kendo, mas na verdade, eles passam muito rápido pelo jogo. O único que aparece mais de uma vez, é nosso amado Brad Vickers, que é piloto da Equipe Alpha dos S.T.A.R.S, ou melhor, que era piloto.

Notas

PC: 77 https://www.metacritic.com/game/pc/resident-evil-3

PS4: 80 https://www.metacritic.com/game/playstation-4/resident-evil-3

X-box One: 84 https://www.metacritic.com/game/xbox-one/resident-evil-3

Média: 80

Gameplay

Nós gravamos uma gameplay dos primeiros 45 minutos em uma segunda jogatina sem comentários, confira:

Vídeo de Análise

Para complementar esse artigo, assista o vídeo de análise abaixo, caso preferir.

Conclusão

Com certeza vale a pena jogar, inclusive, a rejogatina te da prémios, não como o modo Mercenaries, mas você tem uma loja para comprar itens com os pontos que ganha a cada término. 

O intuito aqui não é denegrir ou redimir a imagem do jogo, mas sim mostrar uma breve comparação entre o título original e a nova releitura. Mais uma vez devo enfatizar, é um jogo muito legal, divertido e que com certeza vai te agradar.

Espero que tenham gostado, eu vou ficando por aqui e nos vemos em breve.